LGB de Lima fazem casamento coletivo para protestar

Ato foi realizado no Dia de São Valentim, que equivale ao Dia dos Namorados no Brasil

Publicado em 15/02/2023
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Deputada federal e lésbica Susel Paredes (centro) esteve no evento realizado no Parque del Amor

Por Welton Trindade, de Lima

O 14 de fevereiro, Dia de São Valentim, equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil, foi cheio de amor em Lima. 

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Entretanto, não houve apenas ursinhos de pelúcia e flores pela capital do Peru. Casais do mesmo sexo fizeram casamento simbólico coletivo como protesto por o país não aceitar legalmente esse tipo de matrimônio. 

Pontualmente às 16h, foi iniciada cerimônia de união de sete casais do mesmo sexo. Outros três participaram para reafirmar o compromisso feito em edições anteriores do ato. O slogan do ato foi "O amor não discrimina".

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O local não foi escolhido ao acaso. Trata-se do Parque del Amor, no rico bairro de Miraflores e um dos principais pontos turísticos de Lima. O espaço é decorado com frases românticas de literatos peruanos e exibe estátua gigantesca do beijo entre um homem e uma mulher. 

A organização foi da entidade ativista Rede Peruana TLGB. Ao contrário do que ocorreu nos anos anteriores, a administração governamental não permitiu que fosse instalado cenário para o evento. Ativistas encararam o veto como discriminação. 

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Uma das poucas autoridades presentes foi a da deputada federal Susel Paredes, que é ativista LGBT e lésbica. Ela própria já se uniu em uma dessas cerimônias, sempre feitas no Dia de São Valentim. 

A respeito de um dia o Peru legalizar as uniões homossexuais, ela se mostrou esperançosa. 

"Fazemos esse ato para mostrar à sociedade peruana que existimos e para celebrar nosso amor. E um dia vamos conseguir esse direito. Vai demorar, mas vamos ter. Temos processos, inclusive um meu, que estão sob análise da Organização dos Estados Americanos. E tenho certeza que vão dizer que o Peru deverá reconhecer nossas uniões por se tratar de direito humano", disse ao Guia Gay. 

O atual casamento simbólico começou como um beijaço feito há cerca de 20 anos por dois casais gays no Parque del Amor. A intenção deles era mostrar que não apenas o beijo hétero da escultura é válido. 

Depois de seis anos, o beijaço, que tinha se tornado anual e sempre feito no Dia de São Valentim, tornou-se casamento coletivo simbólico para exigir o direito de união legal entre pessoas do mesmo sexo. 

 

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