O Brasil teve 12,2 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2024. O número é 8,8% superior ao de 2023 e é a maior quantidade desse tipo de uniões desde que elas começaram a ser analisadas, em 2013.
Dos 12,2 mil, 7,9 mil foram uniões entre mulheres (alta de 12,1% em relação a 2023) e 4,3 mil entre homens (aumento de 3,3% no mesmo período).
No comparativo entre tipos de uniões no ano passado, a taxa de crescimento dos casamentos homo foi 11 vezes maior que a dos heterossexuais (0,8%)..Foram registradas 936,7 mil uniões entre pessoas de sexos diferentes.
Os dados são do levantamento "Estatísticas do Registro Civil", divulgado na quarta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e feito junto aos 8 mil cartórios de todo o País. Uniões estáveis não foram consideradas.
A idade média de gays e lésbicas ao se casarem é maior do que a dos homens e mulheres héteros.
Em 2024, a idade média dos homens que se casaram com homens foi de 34,7 anos e a das mulheres que se casaram com mulheres, 32,5 anos.
Nos casamentos héteros, a média de idade dos homens foi 31,5 anos e a das mulheres, 29,3 anos.
Tanto para uniões gays e lésbicas quanto para as héteros foram consideradas idades médias dos que se casaram solteiros - divorciados e viúvos foram excluídos dessa parte da pesquisa.
Veja o número das uniões homossexuais desde 2013:
2013 - 3,7 mil
2014 - 4,9 mil
2015 - 5,6 mil
2016 - 5,4 mil
2017 - 5,9 mil
2018 - 9,5 mil
2019 - 9,1 mil
2020 - 6,4 mil
2021 - 9,2 mil
2022 - 11 mil
2023 - 11,2 mil
2024 - 12,2 mil
O casamento homossexual foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução 175, que impede cartórios de se recusarem a converter uniões estáveis gays e lésbicas em casamentos.