A política de doação de sangue nos Estados Unidos acaba de ser mudada por causa da Covid-19.
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Assim como Brasil, por lá a pandemia do novo coronavírus também fez diminuir bastante o número de doações de sangue já que milhões de pessoas estão confinadas em casa.
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Frente a esse cenário, a The Food and Drug Administration (FDA), órgão nos Estados Unidos que poderia ser comparado à Anvisa no Brasil, anunciou que diminuiu o período sem sexo que gays e homens bissexuais deverão cumprir para poder doar sangue.
Nos Estados Unidos (assim como no Brasil, Reino Unido e outros países), homens que fazem sexo com homens só podem doar sangue se não tiverem feito sexo 12 meses antes da data da coleta.
Esse "celibato" gay diminuiu: a agência determinou novo prazo que agora é de três meses. Ou seja, por lá, um gay ou bissexual que tenha transado pela última vez em janeiro já não teria mais seu sangue recusado em abril.
A determinação passa a valer imediatamente e também inclui pessoas que fizeram tatuagens e piercings e mulheres que fizeram sexo com gays ou homens bissexuais. A medida continuará valendo após a pandemia cessar.
"Com base em estudos recentemente concluídos e dados epidemiológicos, concluímos que as políticas atuais sobre a elegibilidade de certos doadores podem ser modificadas sem comprometer a segurança do suprimento de sangue", disse o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks, em comunicado.
De acordo com Marks, dezenas de milhares de pessoas agora podem ser elegíveis para doarem sangue.
A Human Rights Campaign, uma das maiores entidades LGBT norte-americanas, comemorou a conquista, mas ressaltou que a luta continua.
"Embora essa decisão seja um passo na direção certa, ela ainda se baseia mais em preconceito do que na ciência", afirmou o presidente da ONG, Alphonso David, segundo a ABC News. "Isso é um progresso da FDA. Mas nosso trabalho ainda não está concluído."
Mulheres lésbicas e bissexuais e homens héteros não sofrem nenhuma quarentena para doar sangue.
No Brasil, a política continua sendo a mesma que vigorava nos Estados Unidos até então: 12 meses sem sexo para homens gays e bissexuais. O caso está no Supremo Tribunal Federal para julgamento.
