Barba cheia e o mito da masculinidade entre os gays. Veja vídeo

Youtuber Marcio Rolim, do canal Bee40tona, questiona ideias e expõe própria insegurança

Publicado em 18/08/2021
barba gay
Usar barba deve ser algo de livre escolha, sem objetivo de atender a alguém que não a si mesmo

Conteúdo de projeto 

Especulando sobre o quão empoderamento a barba trouxe para a comunidade gay nos últimos anos, o youtuber Marcio Rolim, em seu canal Bee40tona, fala dos gays que não abrem mão da barba: talvez seja questão de insegurança e baixa autoestima ou de falsa sensação de masculinidade.

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Em seu novo vídeo, ele cita estudo de 2019 que indicou o fato de homens gays com barba se atraírem mais por homens com barba, preferencialmente do tamanho da sua.

Daí pode-se concluir que a diversidade está em segundo plano quando o assunto são nossas preferências e gostos para relacionamentos.

Isso pode estar relacionado à ideia de que homens não podem parecer frágeis ou sensíveis.

A barba cheia aparece em todos os contextos históricos, especialmente entre homens héteros, como expressão de masculinidade. Não raro, gays trazem essas ideias para seu dia a dia e com a barba foi igual.

A barba é tão presente, que homens gays relatam fazer procedimentos estéticos e tomar remédios na tentativa de fazê-la crescer, conta Marcio em seu vídeo.

 

O vídeo elenca ainda questões relacionadas à baixa autoestima e insegurança.

Alguns gays acreditam que podem “mascarar” seu jeito afeminado com a barba. Tal postura é negação de sua subjetividade, podendo até caracterizar disforia.

O próprio youtuber conta que não tira sua barba há mais de oito anos por questões de insegurança e que só a deixou crescer porque um antigo namorado gostava de homens com pelos no rosto.

"A mídia e o comércio de beleza masculina perpetuam a ideia do homem viril com a famigerada ‘barba de lenhador’, expressa em logos, campanhas e afins, incentivando homens cis e gays a manter seus rostos peludos. Mas a barba deve ser uma escolha e não um instrumento de opressão. Usá-la ou não, deve partir de um desejo próprio jamais tendo como base ser ou não aceito ou desejado pelo outro”, pontua Marcio.


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