Morreu, na quinta-feira 10, no Hospital Carlos Macieira, em São Luís, policial militar Carlos Bahia Santos, após ter denunciado homofobia e tortura na instituição.
O oficial, de 31 anos, passou 13 dias internado em estado grave após tentar suicídio em 29 de julho.
Um mês antes, ele relatou ter sofrido agressões dos próprios colegas em Açailândia (MA).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a causa da morte do soldado está sendo apurada pelo Serviço de Verificação de Óbitos do Instituto Médico Legal (IML).
Carlos era lotado no 26º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Açailândia.
Segundo boletim de ocorrência, na madrugada de 27 de junho, seus companheiros de corporação chegaram à sua casa em um carro da polícia alegando que ele havia abandonado o posto de serviço e que estava preso.
Ele respondeu que, como o batalhão estava abrigando outros militares a serviço do Ibama, não havia lugar para todos.
O soldado, vestindo apenas uma toalha, teria sido arrastado pelo braço. Os homens teriam entrado na residência, revirado cômodos e o insultando com ofensas homofóbicas, como a que ele teria deixado o quartel para ficar com "macho".
De acordo com órgãos de imprensa, Carlos já vinha sofrendo uma série de abusos e assédio moral antes disso.
O próprio militar teria escrito uma carta, sem assinar, à Rede Cidadania de Açailândia, organização que defende direitos humanos.
No texto, ele alega que sofria de depressão e que o comandante do batalhão teria negligenciado suas denúncias.
A PM do Maranhão informou que investiga a conduta dos policiais suspeitos de cometer agressão contra Carlos e que um procedimento administrativo está em andamento.
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