Copa do Mundo do Catar: gays são recusados em hotéis do País

Nação no Oriente Médio sediará maior evento de futebol do mundo, em novembro

Publicado em 16/05/2022
Hotéis do Catar recusam hóspedes gays: Copa do Mundo 2022
País ostenta luxo e tem lei que pune homossexuais masculinos

Apesar da tentativa da Fifa de vender a Copa do Mundo do Catar como um evento inclusivo e ressaltar que todos serão bem recebidos, a realidade do país do Oriente Médio parece estar distante disso.

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Jornalistas noruegueses fizeram um experimento para saber como gays seriam acolhidos no país, que sedia o maior evento de futebol do mundo entre 21 de novembro e 18 de dezembro.

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Segundo a agência de notícias local NRK, os repórteres deixaram claro que eram homossexuais ao tentar efetuar reservas em dezenas de hotéis do Catar.

"Obrigado por sua pergunta, mas infelizmente temos que informá-lo que não podemos lhe dar um quarto devido à política do hotel. Caso haja algo mais, não hesite em entrar em contato. Com os melhores votos", foi a resposta de um dos estabelecimentos que recusou fazer a reserva.

Vários dos hotéis sequer responderam o pedido de reserva e outros encerraram o contato após troca inicial de mensagens.

"Achamos isso decepcionante. É decepcionante para os torcedores que vão viajar para a Copa do Mundo. Que eles não podem se sentir seguros em conseguir um hotel, não importa a sexualidade que tenham. É completamente irrelevante que tipo de orientação você tem”, disse Jakob Jensen, CEO da Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU).

De acordo com o site MKT Esportivo, a Fifa enviou e-mail para a NRK destacando estar "confiante de que todas as medidas necessárias estarão em vigor para os torcedores LGBT, para que eles, como todos os outros, possam se sentir bem-vindos e seguros durante o campeonato".

A entidade ainda afirmou que “qualquer forma de discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero é estritamente proibida”.

Prisão para gays
O artigo 296 de lei promulgada em 2004 prevê pena de prisão de um a três anos para gays (lésbicas não são penalizadas).

Há relatos de estrangeiros condenados a chibatadas, mas o mais comum é que a legislação seja aplicada mais contra os nativos. 

No entanto, turistas gays não estão livres de estupros e extorsões praticados pela polícia, que pode também exigir que habitantes gays sejam denunciados pelos visitantes.


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