Foi preso na China homem acusado de se passar por mulher para transar com centenas, talvez mais de mil homens, gravar as relações e vender os vídeos na internet.
O homem identificado como Jiao ficou conhecido nas redes sociais como Sister Hong.
"Em 6 de julho, Jiao foi acusado pela polícia de Jiangning de suspeita de divulgação de material obsceno", informou, em comunicado, o Departamento de Segurança Pública de Nanquim.
Segundo informações de vários portais de notícias, Jiao, de 38 anos, se passava por uma mulher divorciada em aplicativos de encontros.
O homem usava peruca, maquiagem e filtros para modular a voz e deixar a aparência mais feminina.
Em seu apartamento em Nanquim, Jiao pedia que os contatos que fazia levassem presentes, tais como frutas, óleo e leite. Em um dos vídeos, é possível ver um homem lhe dar uma melancia.
Gravados sem consentimento, os vídeos eram comercializados por Jiao por 150 yuan (cerca de R$ 116).
Quando os vídeos viralizaram, usuários fizeram montagens com os rostos das vítimas. Várias delas passaram por linchamentos virtuais e términos de relacionamento. Esposas e namoradas de várias homens gravaram vídeos falando sobre o assunto.
Não fica claro nos vídeos se os homens percebiam que não estavam com uma mulher, mas, sim, com um homem.
A polícia desmentiu boatos de que Jiao era portador de HIV e teria infectado 11 homens com o vírus.
Já a informação de que 1.691 foram gravados não foi confirmada nem desmentida, mas supõe-se que de houve ao menos centenas de vítimas.
Especialistas ouvidos pela imprensa chinesa acreditam que Jiao pode ser indiciado por sete crimes. Só o de divulgar material obsceno pode lhe render 10 anos de prisão.
Se os presentes recebidos configurarem pagamento pelo sexo, ele também pode ser acusado de prostituição.