Beijar é gostoso, claro! E beijar e fazer revolução ao mesmo tempo? LGBT sabem que cada carinho nosso é um ato que contribui mudança de mentes. Mas lembremos, neste 13 de abril, Dia do Beijo, alguns que causaram e muito e tiveram grande repercussão. Há ficção, selinho, beijo entre héteros, ósculos cis, trans... O importante é beijar!
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1. Thiago Fragoso e Mateus Solano em Amor à Vida
O autor da trama, Walcyr Carrasco, conseguiu um feito e tanto: não apenas transformar o vilão em personagem mais querido da novela (isso muitos novelistas fazem), mas fazer com que ele se tornasse um dos mocinhos do folhetim, com o público torcendo por um romance seu com outro homem! Félix, a Bicha Má, e Carneirinho tornaram-se, pela primeira vez, protagonistas de uma novela brasileira e a torcida da audiência pelo romance foi coroada com o primeiro beijo gay entre homens numa novela da Globo.
2. Camila Amado e Fernanda Montenegro na APTR
Em plena campanha Fora Feliciano, pela saída do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em 2013, as veteranas atrizes marcaram sua posição pelo respeito aos LGBT e contra um pastor intolerante comandando uma comissão pró-LGBT com um bejio na entrega do 7º Prêmio APTR (Associação dos Produtores Teatrais do Rio de Janeiro).
3. Emerson Sheik e Isaac Azar no Paris 6
A intenção foi louvável, mas o desenvolvimento da ação, lastimável. Então no Corinthians, o atacante Emerson Sheik comemorou a vitória de seu time com um selinho no amigo Isaac Azar, dono do restaurante Paris 6, em São Paulo. Atitude rara no futebol, o atleta deve ter se inspirado em artistas que faziam o mesmo naquele ano e quis marcar sua posição contra o preconceito a homossexuais. Mas o futebol continua sendo um meio dominado por intolerantes, a torcida organizada do time fez um escândalo na porta do clube, pediram sua demissão, e Sheik acabou por se desculpar, deitando por terra toda sua coragem.
4. Luciana Vendramini e Giselle Tigre em Amor e Revolução
Já havíamos tido um beijo em teleteatro nos anos 1960 e um selinho na década passada em que as personagens interpretavam uma peça e uma vivia um homem, portanto, este foi o primeiro beijo lésbico "de verdade" das telenovelas brasileiras. Ainda que tenha ocorrido em uma trama do SBT, com baixa audiência, a cena foi belíssima, causou impacto nas redes sociais, e entrou para a história da teledramaturgia do País.
5. Carol Marra e Paulo Verlings em Romance Policial - Espinosa
Com raras oportunidades na televisão, os transexuais aos poucos têm conseguido papéis e mostrar que são capazes como quaisquer outros de brilhar na TV. Este foi o caso da modelo e atriz Carol Marra que viveu Débora, na série do GNT. Na cena, seu flerte, o policial Otávio, marca um encontro com ela por um app de paquera, mas só naquele momento descobre que ela é trans. O canal chamou de o primeiro beijo gay da TV e a sequência pode ser assistida clicando aqui.
6. Bruno Gagliasso e João Vicente de Castro no GQ Men of the Year
Intérprete de um beijo gay que foi vetado em América (2005), Bruno Gagliasso nos presenteou com outro, na vida real. O ator, desde sempre um grande aliados dos LGBT, trocou um beijo com outro bonitão, o ator João Vicente de Castro na premiação da revista GQ, em 2015. Em seu Instagram, Gagliasso causou polêmica ao escrever: "Aos machistas de carteirinha, hipócritas de plantão e preconceituosos....O nosso carinho e nosso amor de homem com H! Que venha 2016!". Alguns, como o cantor sertanejo Menotti, entenderam que era preciso beijar outro homem para mostrar que era macho de verdade e criticaram a cena.
7. Nathália Timberg e Fernanda Montenegro em Babilônia
Um dos responsáveis pelo boicote à novela da Globo, o beijo lésbico no primeiro capítulo da novela deixou claro como a sociedade brasileira ainda é preconceituosa. Religiosos iniciaram campanha para que empresas retirassem o patrocínio da novela e famosos e anônimos disseram que os autores do folhetim deveriam ter construído o romance das personagens e cativado o público antes de exibir a sequência, mas o fato é que era apenas uma cena de amor entre duas pessoas que estavam há 50 anos juntas e a intolerância falou mais alto.
