Tunísia força homens a testes anais para saber se são gays

Mesmo após reunião na ONU, país africano continua com procedimento homofóbico, denuncia entidade

Publicado em 16/11/2018

Testes anais forçados: Tunísia continua com política anti-gays

Entidades de direitos humanos denunciam que a Tunísia tem forçado homens suspeitos de serem gays a submeterem a testes anais.

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Segundo a Human Rights Watch, em alguns casos, os telefones celulares são confiscados e revistados para encontrar provas de que a pessoa é homossexual.

O artigo 230 do Código Penal do país prevê prisão de até três anos a gays. 

Um engenheiro de 32 anos, por exemplo, foi à delegacia em junho passado para denunciar um estupro coletivo a que foi vítima.

Lá, no entanto, o homem foi submetido a um teste anal para saber se ele estava "acostumado a praticar sodomia" e de vítima virou réu, segundo a entidade.

Um adolescente foi preso três vezes, forçado a fazer o tal exame e obrigado a passar terapias de "cura gay" em um centro de detenção juvenil.

Há inúmeros outros relatos do tipo. Os ativistas disseram que os promotores confiam nos "testes anais" para buscar "provas" de sodomia - apesar dos exames serem "não confiáveis", "cruéis" e "degradantes".

A Human Rights Watch afirma que a Tunísia aceitou recomendações para acabar com exames anais forçados durante a Revisão Periódica Universal no Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2017. No entanto, os exames persistem.

A entidade pediu às autoridades que apresse as mudanças propostas na legislação que pode acabar com o homofóbico artigo 230.


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