O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama falou sobre convívio com homens gays e a respeito de construir melhores modelos masculinos.
Para Obama, ter amigos gays ajuda os jovens a desenvolver "empatia e gentileza".
"Eu acho que, como sociedade, temos que criar mais estruturas para que meninos e homens possam encontrar uma ampla gama de modelos a seguir, para que, quaisquer que sejam suas inclinações, eles possam ver um caminho para o sucesso que não seja apenas esportes ou dinheiro, ganhar muito dinheiro", disse Obama em seu podcast IMO.
"Essa é uma das coisas que eu acho que muitas vezes os meninos precisam, não é apenas a exposição a um cara, um pai. Não importa o quão bom o pai seja, ele não pode ser tudo."
Ele se lembrou de uma influência positiva que teve em sua própria trajetória.
"Tive um professor gay na faculdade, numa época em que pessoas assumidamente gays ainda não se assumiam muito, que se tornou um dos meus professores favoritos, era um cara legal e me repreendia quando eu começava a dizer coisas ignorantes”, recordou Obama. “Você precisa disso para demonstrar empatia e gentileza."
Obama já falou outras vezes sobre Lawrence Goldyn, que lecionava Política Europeia na faculdade Occidental, onde o ex-presidente estudou.
"Ele foi o primeiro professor assumidamente gay com quem entrei em contato, ou pessoa assumidamente gay de autoridade com quem entrei em contato”, lembrou Obama em ao site The Advocate, em 2008. “Ele não fazia proselitismo o tempo todo, mas apenas o fato de se sentir à vontade consigo mesmo e a amizade que desenvolvemos ajudaram a me educar sobre várias dessas questões.”
À Out, em 2015, Obama explicou: “Ele se esforçou para aconselhar estudantes lésbicas, gays e transgêneros no Occidental, e, lembre-se, isso foi em 1978. Isso exigiu muita coragem, muita confiança em quem você é e no que você defende. Tive a oportunidade de reconhecer Lawrence no ano passado em nossa recepção do Mês do Orgulho na Casa Branca e agradeci a ele por influenciar minha maneira de pensar sobre tantas dessas questões.”