Intolerância! Mestres e escravos de BDSM são presos na Indonésia

Homossexualidade não é crime, mas polícia incrimina gays como disseminadores de pornografia

Publicado em 10/11/2017
Mestres e escravos de dominação e submissão na Indonésia são presos
Homens podem ser condenados a até 10 anos de prisão

Quatro homens foram presos na Indonésia acusados de espalhar "conteúdo imoral" em mídias sociais.

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Um dos homens, A.M, de 42 anos, possuía uma conta no Facebook em que oferecia seus serviços como Mestre na arte do BDSM (sigla para bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo).

A polícia acusa A.M. de disseminar vídeos e fotos de "conteúdo explicitamente imoral com a classificação BDSM".

À imprensa, a polícia alinhou os quatro detidos e os obrigou a usar sinais ao redor do pescoço rotulando-os como "Mestre 1", "Escravo 1", "Mestre 2" e "Escravo 2".

Também foram apreendidos "11 tipos de equipamentos de BDSM" que pertenciam a A.M. e N.H., massagista de 30 anos, que estava dentre os presos.

A probabilidade deles terem sido detidos somente por serem gays é grande. Os quatro podem ser condenados a até 10 de prisão sob a lei anti-pornografia indonésia. 

A homossexualidade não é ilegal no país, mas ao menos 200 homens foram presos só em este ano na capital, Jacarta, em saunas, academias e festas. A polícia quase sempre dá um jeito de incriminá-los por alguma coisa que fira o código penal.


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