Homofobia: 5 partidas de futebol já foram interrompidas na França

Assim como no Brasil, nação europeia também já suspende partidas por causa de discriminação

Publicado em 08/09/2019

Partidas de futebol na França são paralisadas por causa de homofobia

A homofobia no futebol é uma doença mundial. Na França, cinco partidas foram interrompidas nas últimas semanas por este motivo.

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Em 16 de agosto, logo no início da temporada da liga francesa de futebol, o árbitro suspendeu o jogo entre Nancy e Le Mans por causa de cânticos de "La Ligue, na t'encule!" (algo como "a Liga, nós te damos a bunda!). Foi a primeira vez no país em que uma partida foi suspensa por homofobia.

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Os mesmos gritos se repetiram no dia 25 do mesmo mês no jogo entre Mônaco e Nimes. Pior: quando o árbitro suspendeu o jogo, os torcedores do Mônaco se uniram nos gritos com os seus rivais.

Três dias depois, o juiz suspendeu por 12 minutos, após vários avisos, a disputa entre Nice e Olympique de Marseille por causa de gritos de "os marselheses são bichas". Neste caso, abriu-se, inclusive, uma investigação criminal por motivo de insulto público por orientação sexual.

Já na sexta-feira 30, os torcedores do Metz estenderam uma faixa homofóbica contra o Paris-St Germain. O jogo ficou paralisado por três minutos.

A liga de futebol francesa analisa 18 possíveis casos de homofobia nos estádios e não está conseguindo vencer os homofóbicos.

A interrupção das partidas são uma novidade nesta temporada. Assim como no Brasil, quando o jogo entre Vasco e São Paulo foi paralisado por causa de insultos homofóbicos vindos da torcida vascaína.

O técnico da seleção francesa, Didier Deschamps, apoia a intransigência contra qualquer manifestação anti-gays no esporte, mas sua opinião não é unânime.

Um famoso atleta do país, Wylan Cyprien, por exemplo, declarou que os gritos "fazem parte do jogo". Nada muito diferente da opinião homofóbica do comentarista brasileiro Felipe Facincani, que disse no Fox Sports, que trata-se apenas de uma "brincadeira".

Pelo estatuto brasileiro do futebol, cânticos homofóbicos podem ser enquadrados em artigo de discriminação e fazer o clube perder três pontos.

Alemanha, Reino Unido, Polônia e países latinoamericanos, como Chile e México, enfrentam o mesmo problema por parte de torcedores que querem manter a intolerância no futebol.


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